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domingo, 14 de outubro de 2012

Eu só peço a Deus um pouco de malandragem...

Eu só queria saber onde vende essa tal de maturidade. Me disseram que, na falta dela, poderia adquirir um pouco de malícia também. Já procurei em vários lugares, perguntei a muita gente, mas tudo o que consegui foram risos, zombarias. "O quê? Isso não á para o seu bico, não. Toma um pouco de pena e lamba os beiços".

Não desisti e entrei na fila novamente. Mas ao chegar minha vez, fui novamente frustrada. "Ponha-se no seu lugar!", ele disse. E o último frasco foi dado a outra pessoa.

Sigo na busca, procurando, tentando, caindo e levantando. "É uma dramática!", dizem os vividos, que não se permitem abrir a janela em um dia de sol só para admirar o azul do céu...

domingo, 10 de junho de 2012

Sábias crianças

Gosto de conversar com crianças. Ouvir seus pontos de vista, suas opiniões sobre a vida, o universo e tudo mais. Sempre aprendo alguma coisa batendo papo um um pequeno (e me divirto muito também).

Mas hoje o Luan me veio com um assunto certo, no momento certo. Estávamos no carro, a caminho do almoço de domingo, quando passamos em frente a um mercado que estava fechado (e, normalmente, nesse horário, não estaria). Meu pai ficou todo empenhado em saber o que havia acontecido (eles apenas mudaram o horário de funcionamento), quando o Luan diz: "vovô, para de de se preocupar com isso, se preocupa com o almoço, que é mais importante". E, logo emenda: "eu me preocupo demais com o que não deveria me preocupar". Perguntei o que ele quis dizer com aquilo e ele logo respondeu: "às vezes estou vendo um filme, do Batman, por exemplo, e, se alguém prende o Batman, fico preocupado se ele vai sair ou não. Mas não deveria me preocupar, é só um filme".

Tá, o exemplo não foi dos mais profundos, mas me fez refletir se às vezes (no meu caso, sempre), me preocupo demais com o Batman, quando o Batman está muito bem, obrigado, de conchinha no sofá com o Robin.

Sou uma pessoa muito ansiosa, e essa ansiedade me traz uma infinidade de problemas e preocupações desnecessárias. Me preocupo muito com tudo e se algo sai 1mm do eixo, entro em desespero. Aí não fico bem, vem as taquicardias, dores de cabeça, sensação ruim...

Talvez seja a hora de começar a seguir a filosofia do pirralho e me preocupar menos. Afinal de contas, na maioria das vezes, é só um filme.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

TPM e outras coisas legais


Nunca fui uma pessoa muito certa, sempre fui na contramão do que a maioria gosta, ouvi músicas que ninguém conhece, acho homens feios bonitos, e por aí vai... Tive problemas com pânico e depressão (talvez de tanto ouvir as músicas do É o Tchan que minha irmã tanto gostava na época), mas hoje o que me deixa mal mesmo é a porcaria da TPM.

Tudo começa muito bem, com dias de alegria e descontração. Me sinto mais leve, mas alegre, disposta. Mas a alegria dura pouco porque, logo após esse período começa uma montanha russa se sentimentos. Talvez o pior deles seja o de rejeição. Começo a achar que as pessoas fingem gostar de mim, que, se são legais comigo, é porque querem me f*der em algum momento. Aí eu fico com esses pensamentos fixos de que, como dizem agora, "vai dar ruim" a qualquer momento. E junto com eles vem as dores de cabeça, o aumento de pressão, taquicardia, mão suada e todas essas coisas legais.

O mais engraçado é que tenho isso normalmente (se não todo mês, mês sim, mês não), mas sempre acho que "dessa vez é sério", "agora meus instintos estão avisando que vai dar merda". Maluquice? Talvez, mas andei pesquisando sobre o assunto e descobri que cerca de 40% das mulheres também tem isso e, embora nunca tenha conhecido nenhuma, o fato me deixa mais tranquila. Quer dizer, um pouco, né?

Enfim, nessas horas eu gosto mesmo é de botar tudo para fora (quem me segue nas redes sabe o quento eu fico mala, implicando com todo mundo) e já ganhei até uns "unfollows" e "cancelamentos de amizade" por aí (quase sempre de mulheres). Dessa vez resolvi expor minha situação e torcer para que alguma leitora se identifique e eu finalmente descubro que não estou realmente sozinha nesse mundo.


PS - Imagem meramente ilustrativa. Estamos trabalhando por uma pele e cabelos assim.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Só queremos um par de sapatos...





Tenho notado que existe um movimento (um tanto estranho, diga-se de passagem) das pessoas "online". O movimento de se esconder quando tem um assunto a tratar que as incomoda. Ou a tratar com alguém que as incomoda. 

Por exemplo: aquela amiga chata quer pedir um sapato emprestado para ir na super festa da irmã. Você não quer emprestar porque ela vai sujar, ou não vai devolver, ou o mais importante: para você, ela é do tipo que fica horas falando sobre a sua vida, contando coisas que simplesmente não te interessam e você não quer ter que lidar com ela. Só que você é muito amiga da irmã dela, pessoa legal, simpática, descolada. Aí vem o dilema: você sabe que se não emprestar o sapato, a mala não vai na festa da irmã e corre o risco das duas pararem de falar com você por causa disso. O que você faz? Diz para a irmã da mala que vai emprestar e se faz de morta, claro. A mala compra um vestido que combina perfeitamente com o sapato, faz planos para a festa, fica toda feliz. O dia da festa se aproxima e a mala, contando com você, fica te mandando e-mail, torpedo, tweet para combinar de pegar o sapato e você finge que não vê. Ela te liga e você não atende. O dia da festa passa e a mala acaba indo com uma rasteirinha que estava guardada no fundo da gaveta, ou nem vai, de tão chateada.

Aí eu pergunto: custava ter falado que "não vai dar não, tenho uma festa nesse dia" ou "poxa vida, eu bem que adoraria te emprestar, mas o salto dele quebrou"?

Enfim, pessoas são estranhas, custo a entender o que se passa na cabeça delas. Só sei que elas não tem ideia (ou o pior, tem e não se importam) das consequências que o ato de se esconder pode ter na vida de terceiros...


PS - Preciso de sapatos emprestados.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ver e ser visto - ou não

Há tempos venho querendo escrever sobre isso, mas não sei como. Então, vou deixar fluir e ver no que vai dar.

Na minha cabeça, redes sociais foram feitas para ver e ser visto. Se você não gosta de ver a vida alheia ou não gosta que vejam a sua, não tenha um perfil no Facebook (ou Twitter, Orkut, GetGlue, Foursquare...). Essa coisa de gente reclamando que "fulano de tal visitou meu perfil" vem desde os tempos do Orkut. Mais precisamente quando eles lançaram aquela lista maldita com seus visitantes recentes. Aí começou a avalanche de gifs do tipo "andou fuçando meu perfil, hein?". Eu tinha vontade de matar quem postava isso.

Aí veio o Facebook e a possibilidade de trancar a coisa toda. A pessoa pode ver sua foto de perfil, e só. Mais uma vez, achei besteira isso de ficar trancando e sempre mantive meu perfil (do Facebook e de todos os outros lugares) abertos. Até o Twitter entrou na onda do bloqueio e a pessoa seleciona quem pode ler as atualizações. E eu continuo achando besteira. Afinal, não devo nada a ninguém e, se não quero que tal pessoa me veja falando mal dela, eu simplesmente não falo mal dela.

Até hoje penso assim e minha vida é um livro aberto. Estava muito bem obrigada até que comecei a ser censurada. Ok, por zelo, por demonstrar que se importa. Mas, sério, quem vai querer me stalkear? Sou feia, chata e pobre. Acho que nem minha mãe se interessaria pelo que ando falando pelas internetes...

Acredito, sim, que devemos ter uma certa prudência com o que vamos escrever nas redes. Devemos ter o filtro do bom senso sempre limpo. Quem me conhece sabe, por exemplo, que eu sou aloka pelo Fry . Mas isso não quer dizer que todo dia eu vá ficar postando um milhão de coisas sobre ele nos meus perfis. Enche o saco. Ou então, num dia de fúria, dizer umas verdades para todo mundo que eu conheço (mas que às vezes dá vontade, dá). Claro que a gente escorrega e, por vezes, deslizamos nas postagens. Mas esconder o que se diz ou censurar, não.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Tô de olho no senhor...

Quando eu criei esse blog, jurei que não seria um blog pessoal. Afinal, ninguém se interessa realmente pelos sentimentos alheios e umas piadinhas, videos de animais e crianças fofas e coisas aleatórias sempre rendem mais visitas do que o velho e bom mimimi nosso de cada dia.

Só que, após mais de um ano protelando, chegou um momento em que a escrita se faz necessária. Não, não vou descarregar aqui todos os meu problemas (até porque um mísero post não seria suficiente), mas refletir sobre algumas coisas sobre a vida, o universo e tudo mais...

Esses dias tomei um unfollow no Twitter porque critiquei uma homofóbica que torcia para chover durante a parada gay de Niterói. Fiquei pensando se nem o direito de nos expressarmos temos mais. Se você não sabe lidar com críticas, não use redes sociais, porque estamos sendo julgados e vigiados o tempo todo. Tudo o que você tweeta ou posta no Facebook (a propósito, por favor, parem de chamar o Facebook de Face!) pode e será usado contra você em algum momento. "Não te convidei para sair porque você postou no Twitter que odeia baladas e...". "Mas você não postou no Twitter que estava na fossa? Tá fazendo o quê aqui na festa?". "Não respondeu meu e-mail mas tava lá no The Sims do Facebook, né?". E por aí vai...

De minha parte, não estou nos meus melhores momentos e, exatamente por isso, estou meio afastada das redes sociais. Estou usando a técnica do ônibus: poste no Twitter somente o necessário. Porque nunca se sabe quem estará lendo...